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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Teatro de Abertura: O Besouro Casca Dura

TEATRO DE ABERTURA: O BESOURO CASCA-DURA
(Iracema Sapucaia)

Decorar o espaço como se fosse uma floresta, com bichos de pelúcia espalhados, distribuir máscaras de animais e combinar a participação deles no momento adequado da festa do texto, com gestos, danças, lançamento de bolinhas de sabão...)

(SONOPLASTIA: Música ou som que remeta à preguiça e ao marasmo/ música ativa demonstrando correria e agitação dos demais bichos. Enquanto o narrador vai contando a história, resumidamente... o besouro vai interagindo com a plateia, encenando a fala e fazendo os bocejos de sono)

NARRADOR: Havia na Floresta Maravilhosa morava um besouro preguiçoso: O Besouro Casca Dura. Quando amanhecia e todos os bichinhos começavam a trabalhar, o besouro virava-se de um lado para outro, dava um bocejo, soltava um “zum-zum” muito rouco e dormia, novamente. O que desejava o Besouro Casca-Dura era, mesmo, dormir....Quando a fome apertava, descia ele, pesadão, de sua linda casa vermelha e, sem esforço nenhum, colhia algumas folhinhas macias das plantas que estavam ali por perto e comia, comia, comia... (dispor folhas de alface lavadas) Depois, voltava ao lar e tirava uma boa soneca.

(SONOPLASTIA: Ora, em uma noite muito estrelada aconteceu que, de repente, o besouro foi acordado por uma forte TOQUE DE CORNETA.)

BESOURO CASCA DURA: “Que barulho! O que há?”

GRILO:-Venham! Venham todos! Vamos comemorar o aniversário da nossa pátria, a Floresta Maravilhosa! Venham! Depressa!

BESOURO CASCA DURA: Não vou dar-me ao trabalho de sair da minha caminha para assistir a festa!”. (E voltou a dormir.)

NARRADOR: Mas, os outros bichos, grandes e pequenos, atenderam ao convite. Os bichos, muito alegres, iam entrando, contentes. Ondas de perfume de fores silvestres inundavam o ambiente. E a orquestra de pássaros começou a tocar musicas lindíssimas.

(SONOPLASTIA: música de festa com participação da plateia que previamente já vai estar caracterizada com máscaras de animais, bolinha de sabão, guizos e chocalhos.)
NARRADOR: A festa abrilhantou-se ainda mais com o número dos macacos acrobatas. Piruetas, cambalhotas e alguns tombos no chão arrancavam gargalhadas e aplausos da enorme assistência. Veio, depois, o número das onças e da coelhinha bailarina, que dançava sobre duas patinhas, apoiadas no dorso de duas onças pintadas. Alva, tão alva quanto a neve, com dois olhinhos cor-de-rosa, a coelhinha pulava, rodopiava, executando os mais lindos passos de bailado.

(PARTICIPAÇÃO DA PLATÉIA previamente organizada por um dos evangelizadores)
NARRADOR: O Besouro Casca-Dura, entregue a sua preguiça crônica, viva perdendo espetáculos como o do aniversário da Floresta Maravilhosa. Não saia quase de casa, não trabalhava, não pensava na vida. Vadio, o que ele queria era dormir, dormir, dormir...
BESOURO CASCA DURA: Ah! Não!!! Essa bicharada só me atrapalha. Assim não dá! Como é que eu vou dormir desse jeito?

NARRADOR: Aconteceu, porém, em certo dia, que um grupo de formigas saúvas resolvera construir um novo formigueiro. Procura daqui, procura dali, e a escolha caiu num lugar limpinho que ficava perto da casa de Casca-Dura. E as formigas iniciaram seu trabalho de construção....

FORMIGAS: Esse lugar é perfeito!!! Não percamos o tempo que é precioso, vamos irmãs, a união faz a força e logo logo nosso formigueiro estará pronto.

NARRADOR: Um mês depois, já a casa do Besouro Casca-Dura ficava lá em baixo, enquanto o formigueiro se erguia, cada vez mais majestoso. (Sonoplastia: Som de construção: o formigueiro será construído de TNT e amarrado no alto)

BESOURO CASCA DURA: O quê? Já amanheceu? Não aguento mais. Todo dia a mesma coisa!
NARRADOR: Parece impossível, inacreditável, mesmo, mas a verdade é que o besouro nada percebeu! Quando ele saia de casa (sempre sonolento) mal alcançava os olhos em redor de si; e, por isso mesmo, não viu a construção nova. O tempo passava. E eis que um belo dia, um tamanduá (o grande devorador de formigas) resolveu caçar, ali por perto, pois estava desesperado de fome.
TAMANDUÁ: Fome, fome!!! Tô sentindo cheirinho de coisas apetitosas por aqui. Hummmmmmmmmmmm!! Achei!!!!!! Formigas!!! Adoro!!! (interagir com a plateia procurando mais formigas)

NARRADOR: As formigas (coitadas!) nem ao menos puderam fugir...Iam sendo engolidas, as dezenas! Na sua fúria, o faminto tamanduá, de repente, enlaçou com a sua comprida língua a casa do Besouro Casca-Dura e ....lá se foram a casa e o besouro para o seu papo. Desse modo triste, pagou o nosso Besouro Casca-Dura a imprudência de viver dormindo e comendo, comendo e dormindo, o dia todo, todo o dia...
(SONOPLASTIA com música para simbolizar o sofrimento do besouro no umbral. Sobe um manto preto de TNT segurado pelos trabalhadores)
BESOURO CASCA DURA: Socorro meu Deus! Eu lhe imploro!! Não aguento ficar mais aqui nessa zona de sofrimento. Sei que fui o responsável por tudo isso. Perdão meu Deus, perdão. Eu me envergonho das minhas atitudes.
(SONOPLASTIA com música instrumental harmoniosa...)
NARRADOR: Mas, a alma dos animais, como a do homem, não morre! E, assim, a alma do besouro, saída da dura casca, que era seu corpo, foi para o mundo espiritual e ficou um bom tempo sofrendo numa região ruim chamada umbral. Porém certo dia, um espírito iluminado foi ao seu encontro e lhe disse:

BESOURO DE LUZ - Então, meu filho, o que há com você? Pela cor do seu corpo espiritual, ou seja, de seu perispírito, que está um pouco preto, vejo que não aproveitou as lições da Terra. Que andou você fazendo, quando vivia na floresta?

BESOURO CASCA DURA: Eu....eu...eu andei dormindo muito, mas me ajuda, não quero mais ficar aqui! Quero me transformar!!!

BESOURO DE LUZ - Ah, vê-se logo, disse o besourão, sacudindo a cabeça. Nunca trabalhou e nunca fez o Bem, não é assim? Pois, senhor Casca-Dura, só podem entrar nesta colônia espiritual besouros que não seja dorminhocos.... Besouro Casca Dura, só entrará aqui neste local agradável de se viver depois de aprender a trabalhar mais e a comer menos. Portanto, venha comigo e aceite um conselho: trabalhe e faça o Bem ao próximo! Evolua! Você deverá voltar para a floresta e não perca mais tempo!

BESOURO CASCA DURA: Sim!
NARRADOR: O Besouro Casca-Dura só teve tempo de dizer sim, pois, de repente, não enxergou mais nada...E, quase naquele mesmo instante, nasceu na floresta um besourinho, muito pretinho, que logo recebeu o apelido de “Casca-Durinha”. E o besourinho só pensava em trabalhar, trabalhar! Mas, porque ele trabalhava tanto, assim, ninguém sabia....
(nesse momento do TNT escondido num canto da sala aparece uma criança fantasiada de besouro e começa a voar, varrer, arrumar...a sala...interagir com as crianças.)

Narrador: Lenir
Sonoplastia: Willames
Besouro Casca Dura: Daniel
Besouro de Luz: Cíntia
Besouro Casca Durinha: Luisi ou Maísa
Tamanduá: Alexandro
Formiguinhas: Elaine, Lilith e Karolayne
Organizador da plateia e da cena do Umbral: Luzia
Grilo: Acrecilda

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