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sábado, 16 de junho de 2012

Biografia de Cornélio Pires




Cornélio Pires nasceu na cidade de Tietê, Estado de São Paulo, no dia 13 de julho de 1884, e a sua desencarnação aconteceu na cidade de S. Paulo, no dia 17 de fevereiro de 1958.
Homem de personalidade inconfundível, tornou-se figura popular e de bastante destaque em todo o Brasil, graças ao trabalho de viajar pelas cidades do Interior do Estado de S. Paulo e outros Estados, estreando na condição de caipira humorista.
Em sua juventude aspirava participar da Faculdade de Farmácia, porém, apesar do seu desempenho não logrou êxito nesse seu intento.
Tomou então a deliberação de dedicar-se ao jornalismo, passando a trabalhar posteriormente nos jornais: O São Paulo e O Estado de São Paulo.
Numerosos escritores teceram comentários sobre a personalidade de Cornélio Pires: “ Ninguém amou tanto a sua gente como Cornélio Pires; ninguém se preocupou tanto com seus semelhantes como esse homem, que foi, antes de tudo, um Bom”. O famoso poeta Martins Fontes afirmou: “é um bandeirante puro, um artista incansável, enobrecedor da Pátria e enriquecedor da língua”.
Ele foi o primeiro a gravar um disco de música caipira, a famosa música de raiz. É também obra sua a divulgação desta música, através de um Teatro Ambulante. A história do disco caipira, de tão grande sucesso nos dias atuais, começa em maio de 1929, com a primeira gravação da Turma de Cornélio Pires .
De cara , “Jorginho do Sertão” e “Moda de Pião” desmentiram as previsões das gravadoras: em apenas 20 dias, o disco estourava com cinco mil cópias vendidas.
Antes de morrer de um câncer na laringe , em 1958, Cornélio Pires pode se orgulhar por ter aberto caminho para os programas de música sertaneja nas rádios do país. Foi também no ano mesmo de sua morte, Cornélio Pires saboreou mais uma vitória: a apresentação de um espetáculo caipira no Teatro Municipal de São Paulo, templo sagrado da música clássica. Era, já naquela época, o triunfo da música caipira, e de Cornélio Pires.

Pelos idos de 1910, Cornélio Pires lançou o livro: Musa Caipira, obra que foi largamente saudada pela crítica, graças ao seu conteúdo tipicamente brasileiro.
Desde sua infância, criado por seus tios, Cornélio Pires começou a freqüentar a Igreja Presbiteriana, entretanto não conseguiu conciliar os ensinamentos dessa religião com o seu modo de pensar. Ele não admitia a existência das penas eternas e de um Deus que desse preferência aos seguidores de determinadas religiões. O demasiado apego aos formalismos da letra, na interpretação dos textos evangélicos fez com que ele quase descambasse para o materialismo.
Ele desconhecia o que era Espiritismo, entretanto, durante as suas viagens ao Interior, aconteceram com ele vários fenômenos mediúnicos, inclusive algumas comunicações do Espírito Emílio de Menezes, as quais muito o impressionaram. Como conseqüência ele passou a estudar obras espíritas principalmente as de Allan Kardec, Leon Denis, Albert de Rochas e alguns livros psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Dali por diante integrou-se decididamente no Espiritismo, interessando-se muito pelos fenômenos de efeitos físicos. Nos anos de 1944 a 1947 ele escreveu os livros Coisas do Outro Mundo e Onde estás, ó morte?, tendo desencarnado quando escrevia Coletânea Espírita.
Num dos escritos sobre a Doutrina Espírita, dizia ele: “O Espiritismo, mais cedo ou mais tarde, fará aos católicos romanos, aos protestantes e aos adeptos de outros credos, a caridade de robustecer-lhes a Fé, com todos os fatos que provam a imortalidade da alma, que se transforma em Espírito ao deixar o invólucro material". E mais adiante: "Como religião o Espiritismo nos religa ao um Pai que é Amor e não chibata, e que, sendo Amor não iria matar o seu próprio Filho Jesus em benefício de uma humanidade perversa. O Espiritismo nos proporciona a FÉ RACIOCINADA, nos arrebata ao jugo do dogma e nos ensina a compreender Deus como Ele é".
Pouco antes da sua desencarnação, Cornélio Pires, demonstrando que havia assimilado o preceito de Jesus Cristo: “Amai ao próximo como a ti mesmo”, voltou para a cidade do Tietê e ali comprou uma chácara, onde fundou a “ Granja de Jesus”, lar destinado a crianças desamparadas. Infelizmente ele não chegou a ver a conclusão da obra.
Cornélio Pires chegou a organizar o “Teatro Ambulante Cornélio Pires” perambulando de cidade em cidade, sendo aplaudido por toda a população brasileira por onde passava. Esse intento foi concretizado após ter abandonado a carreira jornalística.
Bibliografia:
Personagens do Espiritismo (do Brasil e de outras Terras) de Antônio de Souza Lucena e Paulo Alves Godov
Edições FEESP, S.Paulo, SP
Segundo José de Souza Martins, Cornélio Pires foi o criador da música sertaneja, mediante a adaptação da música caipira ao formato fonográfico e à natureza do espetáculo circense, já que a música caipira é originalmente música litúrgica do catolicismo popular, presente nas folias do Divino, no cateretê e na catira.
Francisco Cândido Xavier psicografou alguns livros ditados por Cornélio Pires, do Plano Espiritual:
Título Ano Editora - SP
O Espírito de Cornélio Pires 1965 FEB
Retratos da Vida 1974 CEC
Conversa Firme 1975 CEC
Baú de Casos 1977 IDEAL
Coisas deste Mundo 1977 CLARIM
Foi um humorista em sua mais elevada expressão, empolgando as platéias com seu gênero característico, cativando a simpatia de todos os brasileiros.

Obs: Esses fatos serão divididos em três murais para estudo-rodízio no dia da nossa confraternização junina.

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